Êpa… hoje ainda é só 7 de Outubro de 2011
Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico pensando, se a burrice não será uma ciência.
” António Aleixo”
Falta precisamente um ano, 365 dias contados, para ter lugar o ato eleitoral autárquico de 2012, e o martelo já bateu, fechando as hipóteses de surgimento de novidades nas filiações partidárias. Quem está no local certo ok, quem não está; pois que estivesse pois a porta já fechou.
A preços de hoje, se pode imaginar aquilo que vai acontecer em termos de disputa daqui a um ano. Mas imaginar é uma coisa, e realidade é outra bem diferente, embora existam desde já fatores que não podem ser alterados.
Do lado da atual liderança municipal temos como certa a recandidatura de Antonio Justino, e as duvidas são mantidas até ao fim, relativamente ao seu Vice, pois João Idalino ainda pode mandar Antonio as “malvas”, caso existam duvidas sobre a sua real utilização, e parece não estar disposto a continuar a fazer de pneu de estepe como alguns dizem pelas ruas que tem andado a fazer neste mandato.
Se isso vier a acontecer, abre uma porta grande para outros potencias candidatos ao desejado lugar, o que por um lado parece bom, mas por outro vai abrir fissuras na base de sustentação do atual Prefeito, atendendo a natural grande ambição pelo lugar. Cleanto não parece disposto a arriscar a sua imagem ao lado de Antonio Justino, pois sabne que até poderia voar mais alto numa candidatura própria, e fora ele as propostas são limitadas em termos de popularidade e capacidade para ocupar o cargo, já que a Vereadora Uliana jamais se sentaria ao lado de Antonio Justino numa candidatura única.
Na lista de Vereadores o engarrafamento de potenciais candidatos é já grande, e vai acabar por sobrar muita galera, o que vai criar mais um tumulto interno, por não cumprimento de promessas de lugares. Quando digo sobrar, é porque vão faltar lugares para tanta promessa, e tem ainda a questão da potencial coligação que obriga a acolher nomeadamente Napoleão, Damasio, Assis, e por ai vai…
Programaticamente; até agora a única objetividade é de descarada propaganda, na tentativa de manter o poder a qualquer preço, pois nas ideias e projetos é um vazio total.
Do lado da oposição a estratégia delineada esta a seguir o seu curso normal, e Sergio Almeida esta de pedra e cal como candidato, faltando acertar quem o vai acompanhar como Vice, existindo muitas possibilidades, e algumas surpresas que podem mexer com o panorama local em termos políticos.
A “força da serenidade” impera do lado da oposição!!!
Para Vereadores já não existem praticamente nenhumas surpresas, e a equipa vai ser de peso, em termos de garantia eleitoral de arrecadação de votos aglutinadores da candidatura para a Prefeitura e para os candidatos individualmente.
A ideia é a união, e por isso não existe a mais remota duvida de que todas as foças da oposição vão apostar no mesmo lado, sem criar ondas para disputa de lugares. Objetivo máximo é derrotar Antonio Justino em toda a linha, seja na Prefeitura com maioria absoluta logo numa primeira volta, seja nos Vereadores onde importa também ter uma maioria clara, remetendo o atual poder para uma oposição ridicularizada na dimensão.
Programaticamente as ideias existem, e os projetos também, e tudo centrado numa matriz de renovação da cidade e um olhar diferente para o futuro.
As outras opções, nomeadamente do PR de Elmo, vão ter que se remeter a acompanhar a marcha da oposição, e a tentar ajudar no objetivo, pois não vemos que o PR tenha capacidade para eleger sequer um Vereador. A sua arrancada parece neste momento uma opera bufa onde os cantores usaram toda a sua capacidade no primeiro ato, e agora andam a procura de voz para acabar o espetáculo. Dezembro vai ser determinante para definir o que vão fazer, mas não deve passar de uma mera candidatura a Vereação, e mesmo essa ainda tem a vantagem de a recolha de votos recair na candidatura da oposição a Prefeitura.
Somar… Somar… é ideia central, numa base de união, porque só esta faz a força.
Dona Inês esta realmente carente de renovação tanto politica como social. A cidade parece ter parado no tempo, e só existem obras tipo remendo, pois as obras estruturantes que mudam uma realidade, essas estão eternamente adiadas.
Construir escolas é bom, desde que exista um estudo realista da sua necessidade, pois caso contrário vão servir para galinheiros daqui a meia dúzia de anos por falta de alunos para as utilizar, e com isso os fundos foram jogados no lixo.
Área da saúde obviamente que merece todo o empenho, mas verificamos muito empenho encapuçado e poucos resultados práticos, com os doentes a continuarem a fazer o papel de turistas passeando por essa Paraíba afora.
Nascimentos que não acontecem na sua terra natal. Despesas de deslocação a cada simples espirro do doente que até assustam.
Área social tem tido apoio, mas que apoio… o apoio tipo caridadezinha deixando a solução real dos problemas para outras eras. Não se criam iniciativas tendentes a fixar empresas que tragam postos de trabalho, e dessa forma se combata a desertificação laboral, sendo mais fácil continuar a apoiar a imobilidade do que incentivar o trabalho. A campanha das cestas é mais fácil de realizar que idealizar um projeto de criação de saídas profissionais, que leve os agora necessitados a terem a sua independência e vida própria, diminuindo custos para Prefeitura.
Quando critico a gestão atual, o faço na base de que para mim gestão significa inovação, mobilidade, atividade e não estar estático a espera de que os assuntos se vão resolvendo por obra e graça do espirito santo… Amém !
Um bom gestor, ou mesmo um simples gestor de médio calibre, deve antecipar-se aos problemas, e é visível que isso não acontece por aqui. A gestão é feita na base do racio de tapar os buracos dos acontecimentos quotidianos, quando deveria ser voltada para racionalizar e perspectivar o futuro, investindo nas áreas certas, pensando mais nas pessoas e menos nos objetivos eleitoraleiros.
Daqui a um ano estaremos por certo a analisar o que o poder conseguiu fazer no decorrer deste mandato, e aquilo que a oposição tem para oferecer a população de Dona Inês num futuro próximo.
De algo podemos estar mais do que certos; é que em 2012, Dona Inês vai mudar, pois a população já não está mais disposta a currais eleitorais, nem promessas de leite e mel. Durante alguns anos, foi possível iludir o que era óbvio, pese os avisos que foram feitos dos mais diversos quadrantes.
Acabaram os tempos de ilusões.
Não podemos agarrar-nos mais uma vez a promessas de soluções fáceis que a realidade depressa irá desmentir.
Todos os dias e a quase a todos os momentos que escutamos intervenções do atual Prefeito, e quando os atuais apoiantes abrem a boca é, para bom entendedor, uma tentativa irracional de apagar a obra dos seus antecessores. Esse facto, sem mais, marca uma forte presença iniludível do anterior Prefeito, pois o ato em si de tentar apagar, riscar, rasgar, amesquinhar, destruir, vulgarizar e apequenar as obras emblemáticas deixadas pela gestão anterior vão fazer que elas possam voltar a ser comparadas com o que faz, ou pretende fazer, a atual gestão e desse modo renasçam das cinzas onde as querem enterrar. E um dia breve, brevemente, não havendo nada em troca para dar aos cidadãos de Dona Inês contra a destruição pura e simples, farão que o povo as relembre e constate que afinal aquele fazia e estes limitam-se a destruir e arrasar tudo sem contrapartidas validas.
Antonio Justino é um homem sem chama nem qualquer espécie de carisma, ousadia ou coragem para estar à frente de uma cidade com as dificuldades atuais de Dona Ines, nomeadamente em termos sócias, pois o desemprego ocupacional da população é por demais visível, com jovens a ter que partir por falta de oportunidades, e os habitantes de meia idade encostados a barra dos bares aproveitando uns copos de cachaça e uma fresquinha. Recentemente voltou ao velho argumento de que dissera o que só agora disse.
Um Prefeito a sério e arguto teria visto logo que a aposta na área laboral seria o verdadeiro motor de desenvolvimento local e o último recurso e que essa solução tinha sempre à mão de usar. Que era preciso lutar por outra solução que evitasse a tal ocupação de imobilismo. Mas o Prefeito ao dever de ousadia e argúcia na defesa da cidade preferiu a rendição: preferiu cair de joelhos a cair de pé.
Agora que tudo vai de mal a pior, começa a estar novamente acagaçado, e não tarda começará a sacudir responsabilidades pelo imobilismo reinante. Este Prefeito só tem astúcia para a manhosice publicitaria e alimenta-se da ignorância ao contrário da argúcia que nasce da inteligência.
Aqui, em casa, a uma pessoa com tal carácter nós chamamos um homem desconfiado. E de um desconfiado todo o mundo joga à defesa com um pé atrás.
“João Massapina”