Crônicas do João – XI – Ainda falta um ano…

Publicado: 7 de outubro de 2011 por Jornal Folha de Dona Inês em Acontece em Dona Inês, António Justino, Dona Inês, Dr. Ramon, Dra. Ana Lucia, João Massapina, Luiz José, Municipalidade, PMDB, Politica, Politica do Brejo, PSB, PSD, PSDB, PT, Saude, Sergio Almeida, Uliana Lucio, Uncategorized, Vereadora Leda, Vereadores

Êpa… hoje ainda é só 7 de Outubro de 2011
Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico pensando, se a burrice não será uma ciência.
                                                                                             ” António Aleixo”
Falta precisamente um ano, 365 dias contados, para ter lugar o ato eleitoral autárquico de 2012, e o martelo já bateu, fechando as hipóteses de surgimento de novidades nas filiações partidárias. Quem está no local certo ok, quem não está; pois que estivesse pois a porta já fechou.
A preços de hoje, se pode imaginar aquilo que vai acontecer em termos de disputa daqui a um ano. Mas imaginar é uma coisa, e realidade é outra bem diferente, embora existam desde já fatores que não podem ser alterados.
Do lado da atual liderança municipal temos como certa a recandidatura de Antonio Justino, e as duvidas são mantidas até ao fim, relativamente ao seu Vice, pois João Idalino ainda pode mandar Antonio as “malvas”, caso existam duvidas sobre a sua real utilização, e parece não estar disposto a continuar a fazer de pneu de estepe como alguns dizem pelas ruas que tem andado a fazer neste mandato.
Se isso vier a acontecer, abre uma porta grande para outros potencias candidatos ao desejado lugar, o que por um lado parece bom, mas por outro vai abrir fissuras na base de sustentação do atual Prefeito, atendendo a natural grande ambição pelo lugar. Cleanto não parece disposto a arriscar a sua imagem ao lado de Antonio Justino, pois sabne que até poderia voar mais alto numa candidatura própria, e fora ele as propostas são limitadas em termos de popularidade e capacidade para ocupar o cargo, já que a Vereadora Uliana jamais se sentaria ao lado de Antonio Justino numa candidatura única. 
Na lista de Vereadores o engarrafamento de potenciais candidatos é já grande, e vai acabar por sobrar muita galera, o que vai criar mais um tumulto interno, por não cumprimento de promessas de lugares. Quando digo sobrar, é porque vão faltar lugares para tanta promessa, e tem ainda a questão da potencial coligação que obriga a acolher nomeadamente Napoleão, Damasio, Assis, e por ai vai…
Programaticamente; até agora a única objetividade é de descarada propaganda, na tentativa de manter o poder a qualquer preço, pois nas ideias e projetos é um vazio total.
Do lado da oposição a estratégia delineada esta a seguir o seu curso normal, e Sergio Almeida esta de pedra e cal como candidato, faltando acertar quem o vai acompanhar como Vice, existindo muitas possibilidades, e algumas surpresas que podem mexer com o panorama local em termos políticos.
A “força da serenidade” impera do lado da oposição!!!
Para Vereadores já não existem praticamente nenhumas surpresas, e a equipa vai ser de peso, em termos de garantia eleitoral de arrecadação de votos aglutinadores da candidatura para a Prefeitura e para os candidatos individualmente. 
A ideia é a união, e por isso não existe a mais remota duvida de que todas as foças da oposição vão apostar no mesmo lado, sem criar ondas para disputa de lugares. Objetivo máximo é derrotar Antonio Justino em toda a linha, seja na Prefeitura com maioria absoluta logo numa primeira volta, seja nos Vereadores onde importa também ter uma maioria clara, remetendo o atual poder para uma oposição ridicularizada na dimensão.
Programaticamente as ideias existem, e os projetos também, e tudo centrado numa matriz de renovação da cidade e um olhar diferente para o futuro.
As outras opções, nomeadamente do PR de Elmo, vão ter que se remeter a acompanhar a marcha da oposição, e a tentar ajudar no objetivo, pois não vemos que o PR tenha capacidade para eleger sequer um Vereador. A sua arrancada parece neste momento uma opera bufa onde os cantores usaram toda a sua capacidade no primeiro ato, e agora andam a procura de voz para acabar o espetáculo. Dezembro vai ser determinante para definir o que vão fazer, mas não deve passar de uma mera candidatura a Vereação, e mesmo essa ainda tem a vantagem de a recolha de votos recair na candidatura da oposição a Prefeitura.
Somar… Somar… é ideia central, numa base de união, porque só esta faz a força. 
Dona Inês esta realmente carente de renovação tanto politica como social. A cidade parece ter parado no tempo, e só existem obras tipo remendo, pois as obras estruturantes que mudam uma realidade, essas estão eternamente adiadas. 
Construir escolas é bom, desde que exista um estudo realista da sua necessidade, pois caso contrário vão servir para galinheiros daqui a meia dúzia de anos por falta de alunos para as utilizar, e com isso os fundos foram jogados no lixo.
Área da saúde obviamente que merece todo o empenho, mas verificamos muito empenho encapuçado e poucos resultados práticos, com os doentes a continuarem a fazer o papel de turistas passeando por essa Paraíba afora.
Nascimentos que não acontecem na sua terra natal. Despesas de deslocação a cada simples espirro do doente que até assustam.
Área social tem tido apoio, mas que apoio… o apoio tipo caridadezinha deixando a solução real dos problemas para outras eras. Não se criam iniciativas tendentes a fixar empresas que tragam postos de trabalho, e dessa forma se combata a desertificação laboral, sendo mais fácil continuar a apoiar a imobilidade do que incentivar o trabalho. A campanha das cestas é mais fácil de realizar que idealizar um projeto de criação de saídas profissionais, que leve os agora necessitados a terem a sua independência e vida própria, diminuindo custos para Prefeitura. 
Quando critico a gestão atual, o faço na base de que para mim gestão significa inovação, mobilidade, atividade e não estar estático a espera de que os assuntos se vão resolvendo por obra e graça do espirito santo… Amém !
Um bom gestor, ou mesmo um simples gestor de médio calibre, deve antecipar-se aos problemas, e é visível que isso não acontece por aqui. A gestão é feita na base do racio de tapar os buracos dos acontecimentos quotidianos, quando deveria ser voltada para racionalizar e perspectivar o futuro, investindo nas áreas certas, pensando mais nas pessoas e menos nos objetivos eleitoraleiros.
Daqui a um ano estaremos por certo a analisar o que o poder conseguiu fazer no decorrer deste mandato, e aquilo que a oposição tem para oferecer a população de Dona Inês num futuro próximo. 
De algo podemos estar mais do que certos; é que em 2012, Dona Inês vai mudar, pois a população já não está mais disposta a currais eleitorais, nem promessas de leite e mel. Durante alguns anos, foi possível iludir o que era óbvio, pese os avisos que foram feitos dos mais diversos quadrantes.
Acabaram os tempos de ilusões.
Não podemos agarrar-nos mais uma vez a promessas de soluções fáceis que a realidade depressa irá desmentir.
Todos os dias e a quase a todos os momentos que escutamos intervenções do atual Prefeito, e quando os atuais apoiantes abrem a boca é, para bom entendedor, uma tentativa irracional de apagar a obra dos seus antecessores. Esse facto, sem mais, marca uma forte presença iniludível do anterior Prefeito, pois o ato em si de tentar apagar, riscar, rasgar, amesquinhar, destruir, vulgarizar e apequenar as obras emblemáticas deixadas pela gestão anterior vão fazer que elas possam voltar a ser comparadas com o que faz, ou pretende fazer, a atual gestão e desse modo renasçam das cinzas onde as querem enterrar. E um dia breve, brevemente, não havendo nada em troca para dar aos cidadãos de Dona Inês contra a destruição pura e simples, farão que o povo as relembre e constate que afinal aquele fazia e estes limitam-se a destruir e arrasar tudo sem contrapartidas validas.
Antonio Justino é um homem sem chama nem qualquer espécie de carisma, ousadia ou coragem para estar à frente de uma cidade com as dificuldades atuais de Dona Ines, nomeadamente em termos sócias, pois o desemprego ocupacional da população é por demais visível, com jovens a ter que partir por falta de oportunidades, e os habitantes de meia idade encostados a barra dos bares aproveitando uns copos de cachaça e uma fresquinha. Recentemente voltou ao velho argumento de que dissera o que só agora disse.
Um Prefeito a sério e arguto teria visto logo que a aposta na área laboral seria o verdadeiro motor de desenvolvimento local e o último recurso e que essa solução tinha sempre à mão de usar. Que era preciso lutar por outra solução que evitasse a tal ocupação de imobilismo. Mas o Prefeito ao dever de ousadia e argúcia na defesa da cidade preferiu a rendição: preferiu cair de joelhos a cair de pé.
Agora que tudo vai de mal a pior, começa a estar novamente acagaçado, e não tarda começará a sacudir responsabilidades pelo imobilismo reinante. Este Prefeito só tem astúcia para a manhosice publicitaria e alimenta-se da ignorância ao contrário da argúcia que nasce da inteligência.
Aqui, em casa, a uma pessoa com tal carácter nós chamamos um homem desconfiado. E de um desconfiado todo o mundo joga à defesa com um pé atrás.
“João Massapina” 

 

Deixe um comentário